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20 de Abril de 2024

Indústria têxtil aponta importações e mão de obra barata no exterior como causa de dificuldades no setor

Publicado por Câmara dos Deputados
há 10 anos

Enfrentar a crescente importação de peças de vestuário fabricadas com mão de obra barata é um dos principais desafios da indústria têxtil e de confecção, na avaliação de participantes de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio sobre a desindustrialização do segmento no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as importações de vestuário subiram 23 vezes entre 2003 e 2013, saindo de 100 milhões de dólares para 2,37 bilhões de dólares. Estamos enfrentando a China, Índia, Bangladesh e Peru. Nenhum trabalhador nosso queria trabalhar lá, mas não olhamos a etiqueta ao comprar esses produtos, disse o diretor superintende da Abit, Fernando Pimentel.

De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, José Ricardo Leite, o setor precisa urgentemente de ajuda. O setor tem capacidade superior de empregar mão de obra do que em outros segmentos, segundo pesquisa da Abit. Um incremento de R$ 10 milhões no faturamento do setor têxtil é capaz de criar 1.382 postos de trabalho, 170 a mais que o setor de alimentos, o segundo colocado pela pesquisa.

Para fazer concorrência com produtos importados estamos fazendo excesso de jornada de trabalho, para não aumentar os custos com novas contratações, afirmou Leite.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, deputado Augusto Coutinho (SDD-PE), que solicitou o debate alertou que o governo dá um subsídio grande para o setor automobilístico quando o têxtil emprega o triplo da mão de obra.

Para o secretário executivo da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Carlos Augusto Dittrich, a principal dificuldade de competitividade com as empresas asiáticas é a mão de obra barata.

Quarto lugar

O Brasil é o quarto maior produtor mundial em vestuário, com 2,6% do total. Muito distante da China, que lidera o segumento com 47,2% do total, seguido por Índia (7,1%) e Paquistão (3,1%). O vestuário representa quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação e mais de 10% dos empregos nesta atividade econômica, de acordo com a Abit. O faturamento anual está em 56 bilhões de dólares.

No entanto, indústria de vestuário teve queda significativa no volume de produção nos últimos meses, segundo o Sindivestuário (que reúne as entidades industriais de roupas e confecções). Apenas no período de janeiro a outubro de 2013 o setor teve retração de 10,63%, declínio atribuído ao aumento da entrada de importados no País.

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