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19 de Abril de 2024
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    Projeto regulamenta aquisição e circulação de armas de fogo no País

    Publicado por Câmara dos Deputados
    há 12 anos

    Mendonça: o Estatuto do Desarmamento não reduziu a criminalidade A Câmara analisa o Projeto de Lei 3722/12, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que regulamenta a aquisição e circulação de armas de fogo e munições no País. A proposta revoga o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03 ), que restringe a comercialização de armas e proíbe o porte, com exceções, e pretende instituir o Estatuto da Regulamentação das Armas de Fogo.

    Hoje a regra é praticamente a proibição da posse e do porte de armas; pelo meu projeto de lei, a regra passa ser a permissão, explica o autor. O cidadão de bem tem o direito de ter sua arma para se defender mediante critérios técnicos bem definidos, por exemplo, o exame psicotécnico, argumenta.

    Pela proposta, para comprar uma arma de fogo, o interessado deverá ter no mínimo 21 anos e deverá apresentar documento de identidade, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), comprovantes de residência e de ocupação lícita. Ele não poderá possuir antecedentes criminais ou estar sendo investigado em inquérito policial por crime doloso contra a vida ou mediante qualquer forma de violência. Ele deverá ainda ter feito curso básico de manuseio de arma e iniciação ao tiro. Além disso, deverá estar em pleno gozo das faculdades mentais, comprovado por atestado expedido por profissional habilitado.

    Rogério Mendonça afirma que o projeto atende ao referendo de 2005, quando 60 milhões de eleitores, ou seja, mais de 60% deles, rejeitaram a ideia de se extinguir o comércio de armas e munições no Brasil. Segundo ele, com o Estatuto do Desarmamento, houve redução drástica no número de estabelecimentos no País que vendem armas de cerca de 2.400 existentes em 2000 passou-se para cerca de 200 , mas isso não contribuiu para a redução da criminalidade. Em 20 dos 27 estados da Federação houve aumento da criminalidade, aponta.

    O Ministério da Justiça informa, porém, que após a primeira Campanha de Desarmamento, em 2004, o número de mortes por armas de fogo caiu 11%. O governo é contrário à proposta .

    Controle

    O projeto mantém a atual competência do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), gerido pela Polícia Federal, para cadastro e controle das armas de fogo fabricadas e postas em circulação no Brasil. Porém, estabelece que as políciais civis estaduais e do Distrito Federal atuarão como órgãos de representação do Sinarm e também terão competência para registrar e autorizar porte de arma de fogo.

    TV Câmara Com o registro, o proprietário poderá manter a arma em casa ou no carro. O Certificado de Registro de Arma de Fogo, emitido mediante pagamento de taxas, terá validade permanente e em todo o território nacional e garantirá ao proprietário o direito de manter a arma na sua residência, propriedade rural, no seu local de trabalho ou ainda em veículos ou embarcação pertencente ao proprietário.

    Para o porte da arma ou seja, seu deslocamento fora desses locais , o proprietário terá que obter a Licença de Porte de Arma, que poderá ter validade no estado ou em todo o território nacional. No primeiro caso, será emitida pela polícia estadual; no segundo, pela Polícia Federal. As armas não poderão ser portadas ostensivamente e nem em escolas, clubes noturnos ou em locais onde haja aglomerações.

    Segundo o texto, os governos estaduais deverão estabelecer medidas de segurança pública para controle do tráfego de armas de fogo em transportes coletivos, por via rodoviária, ferroviária ou hidroviária. Já os procedimentos para o porte de armas em aeronaves serão estabelecidos pelo Comando da Aeronáutica e a Agencia Nacional de Aviacao Civil (Anac).

    Colecionadores e atiradores

    A proposta isenta da obrigação de registro as armas consideradas obsoletas ou seja, fabricadas há mais de cem anos, cuja munição não seja mais de produção industrial nacional. O registro de arma de fogo de colecionador, assim como de atirador e caçador, será feito pelo Comando do Exército, que também fiscalizará essas atividades.

    O certificado de registro de colecionador, atirador e caçador será renovado a cada cinco anos. O atual Estatuto do Desarmamento não trata dessas atividades.

    Os colecionadores e praticantes de tiro desportivo não terão limite no número de armas que poderão manter. Já as outras pessoas poderão ter, no máximo: três armas curtas de porte; três armas longas de alma raiada; e três longas de alma lisa.

    O projeto também estabelece a quantidade mensal de munição que o dono da arma poderá adquirir que chega a 50 cartuchos para cada arma registrada. Esses limites também não valem para colecionadores e atiradores.

    TV Câmara Projeto libera propaganda de armas. Comércio e penas

    Os comerciantes de armas de fogo e munição deverão manter bancos de dados com informações sobre as armas vendidas por, no mínimo, 10 anos e deverão comunicar ao Comando do Exército, mensalmente, a quantidade de produtos vendidos e em estoque.

    A proposta permite a publicidade de armas, desde que contenham a informação de que sua aquisição dependerá de autorização do órgão competente.

    No caso de furto, roubo ou extravio de armas, o proprietário deverá comunicar imediatamente à delegacia policial e ao órgão emissor do registro. O projeto estabelece penas para a omissão na comunicação da perda da posse; para a posse e o porte ilegais de armas; para o transporte comercial não autorizado de arma; para o comércio ilegal; tráfico; e disparo injustificado.

    Tramitação

    A proposta será analisada pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.

    Continua: Governo mantém posição favorável ao desarmamento da população

    Íntegra da proposta: PL-3722/2012

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/projeto-regulamenta-aquisicao-e-circulacao-de-armas-de-fogo-no-pais/3187562

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    Tenho 55 anos, e a anos não consigo utilizar redes sociais, mais estou enojado com o que está acontecendo neste país nos ultimos meses, e resolvi quebrar meu silêncio, começando pelo repudio a este estado falido de corruptos que insiste em manter o povo brasileiro desprotegido e a merce de facções criminosas, bandidos
    pé de chinelo, e até do colarinho branco.
    Na ausência de um estado capas de proteger a mim e minha família eu exijo o dereito de pelo menos manter em minha posse uma arma de fogo.
    acredito que .o bandido pensara duas vezes antes de invadir uma residência como faz hoje, ja que o mesmo não sabe o que vai encotrar.
    Estou contando com parentes amigos e conhecidos para empunharmos está bandeira.

    obrigado Tony Ribeiro continuar lendo