Projeto prevê realização de plebiscito sobre energia nuclear
Izar: a população precisa conhecer as alternativas disponíveis às usinas nucleares. A Câmara analisa o Projeto de Decreto Legislativo 225/11, do deputado Ricardo Izar (PV-SP), que convoca plebiscito sobre energia nuclear no País. Pela proposta, os eleitores serão questionados se concordam ou não com a manutenção das usinas nucleares já instaladas e a criação de novas usinas.
Contrário à energia nuclear, o deputado critica o custo da construção e manutenção das usinas e também a falta de transparência no setor. Segundo ele, o plebiscito é a melhor forma de envolver a população brasileira nesse debate.
Na avaliação do parlamentar, a população brasileira precisa conhecer a verdade sobre as usinas nucleares e as alternativas disponíveis. E então ela vai opinar se quer ou não a continuidade das usinas.
Usinas em funcionamento
O Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento, Angra 1 e 2, que produziram, em 2009, 2,93% do total de energia do País. A principal fonte energética do Brasil são as hidrelétricas, que respondem por 90% da matriz energética nacional.
Está em andamento a construção de uma terceira usina, Angra 3, que deve entrar em funcionamento em 2015.
Mundo
O debate sobre energia nuclear voltou à ordem do dia depois do acidente na usina japonesa de Fukushima, em decorrência do tsunami que atingiu o país em março.
Desde então, o governo alemão já decidiu abandonar o programa nuclear e os cidadãos italianos decidiram, pela segunda vez, contra o investimento do país em usinas nucleares.
Dados da Eletronuclear dão conta de que, em 2009, estava em funcionamento 441 reatores comerciais em 29 países que representam 2/3 da população mundial.
Pelo levantamento, os Estados Unidos lideram a produção mundial de energia nuclear, seguido da França e do Japão. Enquanto nos EUA as usinas corresponderam a 20% da energia produzida, na França essa matriz correspondeu a 75% da produção do país em 2009.
Tramitação
A proposta precisa ser votada em Plenário, mas antes será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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